Baldes, pneus e tambores lideram ranking de objetos onde focos do Aedes aegypti são encontrados
Baldes, pneus e tambores estão entre os objetos onde o maior número de focos do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya foram encontrados, de acordo com o mais recente Levantamento Rápido de Infestação ( LiRaa) realizado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), da Secretaria Municipal de Saúde ( Sesau) de Campo Grande.
Conforme o relatório, foram identificados 392 focos do Aedes aegypti em materiais inservíveis, ou seja, passíveis de descarte, e em locais de uso comum e contínuo, mas que por não receberem os devidos cuidados, se tornam potenciais criadouros do mosquito.
O balde doméstico (recipiente plástico) apareceu em primeiro do ranking de predominância, superando os pneus, que até então eram tidos como vilões. Durante as vistorias dos agentes, foram encontrados 66 focos nestes locais, o que representa 16.84% da parcela total de focos.
O secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites, destaca que os dados servem de alerta para que a população fique atenta e faça o descarte correto destes materiais, diminuindo assim os riscos de contrair as doenças transmitidas pelo mosquito.
“É necessário que a população faça a sua parte. É preciso que faça o descarte adequado destes objetos e evitem deixar recipientes, como piscinas e caixas d`água abertas e sem a devida vedação”, diz.
A lista de criadouros em potencial segue com pneus, com predominância de 13.52% dos focos, seguidos de: tambor (9.18%); pote (8.42%); caixa d’agua (7.65%); vaso de planta (5.87%); prato de planta (4.08%); piscina (3.83%), lata (3.32%), entre outros. Confira a relação completa clicando aqui.
Orientações
Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.
Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.
Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, e sim na terra ou no cimento quente.
Com o calor que faz na cidade, piscinas – de todo tipo ou tamanho – são motivo de alegria. Mas a atenção deve ser redobrada, pois também se trata de um dos lugares favoritos do Aedes. Sendo assim, fica a dica: piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com o auxílio de produtos químicos específicos.
Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.
Mosquito Zero
Desde novembro do ano passado, a Sesau tem intensificado as ações de combate ao mosquito, através da realização da campanha Operação Mosquito Zero, que vai percorrer as sete regiões urbanas do Município, com ações de vistoria, manejo e orientação. A campanha chegou nesta semana a sua quarta etapa na região do Prosa. A previsão é de que as ações sejam realizadas até o fim do mês de fevereiro
Dados epidemiológicos
Do dia 01 a 19 de janeiro foram notificados 162 casos de dengue em Campo Grande. Em todo o ano passado, foram confirmados 8.234 casos confirmados e sete óbitos provocados pela doença.
Infestação pelo Aedes
Conforme o LiRaa divulgado neste mês de janeiro, cinco áreas de Campo Grande foram classificadas com risco para infestação do Aedes aegypti: Vida Nova, Seminário, Coophavilla, Silvia Regina, Cidade Morena e Batistão. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios.. O LiRaa completo pode ser consultado clicando aqui.