A Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU), por meio da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CPPIR), promoveu nessa terça-feira (29) a Homenagem Aleixo Paraguassu Neto, com edição especial para mulheres que se destacaram na promoção de políticas e ações de igualdade racial, na implementação das políticas públicas nas diversas áreas voltadas a população negra, povos ciganos e de matriz africana.

“Esta homenagem é concedida pela SDHU, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos do Negro, para pessoas, instituições ou órgãos que desenvolvam trabalhos promovendo a inclusão racial, incentivando a participação popular e controle social, a produção de conhecimento e ascensão profissional em diversas áreas”, explica Amadeu Borges, subsecretário da SDHU.

Rosana Anunciação, coordenadora da CPPIR, aponta que a edição de 2022 é especial pelo fato de ter consagrado somente mulheres ao título. “Escolhemos 10 personalidades em alusão ao mês de março, que foram indicadas por conselhos, fóruns, comitês e a coordenadoria da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos de Campo Grande. Essas pessoas exerceram a cidadania e colaboraram para fazer valer os direitos humanos. Nossa intenção é agradecer os trabalhos que colaboram para a inclusão social dos cidadãos campo-grandenses”.

Dono do nome que leva a homenagem, o juiz aposentado Aleixo Paraguassu Netto estava presente na condecoração e se sentiu honrado pela representatividade às mulheres premiadas. Em discurso, ele elogiou o trabalho que a SDHU vem promovendo em Campo Grande no combate ao racismo e o incentivo ao debate de igualdade racial na sociedade.

“Me sinto honrado por estar presente aqui e tomar conhecimento sobre o trabalho da SDHU por meio da CPPIR em Campo Grande. Parabéns pelos projetos, em especial ao Programa Campo Grande Sem Racismo, que tem por finalidade estimular, apoiar e reconhecer empresas, instituições públicas e privadas, associações ou quaisquer grupos da Capital que possuem em sua prática de gestão, ações no campo da promoção da igualdade racial”, pontuou.

A CCPIR, por meio do selo, atua com palestras e rodas de conversas em companhias interessadas no enfrentamento ao racismo e combate à discriminação étnico-racial, com vistas a ações que promovam a equidade nas oportunidades de acesso a cargos de chefia e crescimento profissional dos colaboradores que se auto declaram pretos e pardos, com atenção as características fenotípicas.

Em discurso, o prefeito Marquinhos Trad enalteceu o trabalho da SDHU e parabenizou a CPPIR pela escolha do nome da Homenagem. Paraguassu fundou o Instituto Luther King em 2003, com o sonho de estabelecer uma sociedade mais justa, a partir da inclusão de cidadãos menos favorecidos. Desde então, a entidade oferece cursos pré-vestibular e de informática gratuitamente, visando oferecer ensino de qualidade para jovens de baixa renda e contribuir para a redução das desigualdades sociais.

Aleixo Paraguassu Netto ingressou na magistratura em 1974, em Rio Brilhante. Atuou também como professor do curso de Direito da Universidade Católica Dom Bosco, da Faculdade de Direito da Universidade da Grande Dourados (Unigran), da Escola Superior da Magistratura de MS (Esmagis), da Escola de Polícia do Distrito Federal.

Mulheres homenageadas:

Andréia Souza Cássio, Eugênia Portela, Jaqueline Santos, Jackeline Aparecida Gomes Moreno, Juliana Anunciação, Mary Yolanda Duarte Nakagaki, Mônica Nobre, Neuza Jeronima Rosa dos Santos, Valéria de Souza Ortiz e Zezé do Acarajé.