Saúde Prisional em Foco: Sesau oferece cuidado e dignidade para mulheres privadas de liberdade
No Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi (EPFIIZ), em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com a Agepen, promoveram uma ação de saúde voltada às mulheres privadas de liberdade. Realizada nessa segunda e terça-feira (17 e 18), a iniciativa avaliou as 308 detentas da unidade, visando à prevenção de doenças e à melhoria da qualidade de vida.
Representando a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a coordenadora da Rede de Atenção Básica da Sesau, Glória de Araújo Pereira, ressaltou a importância da iniciativa. “Garantir que essas mulheres recebam um atendimento adequado é uma questão de direitos humanos. A saúde é um direito fundamental, independente da condição de liberdade. Por isso, participamos desta parceria com as demais instituições”.
O programa “Saúde Prisional em Foco” mobilizou profissionais da Sesau, acadêmicos da UFMS e UEMS, além de equipes da SES e da Agepen, para oferecer atendimento médico e odontológico, testes rápidos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), vacinação e exames para rastreamento de tuberculose.
Para Glória de Araújo Pereira, esse levantamento epidemiológico permitirá um atendimento mais qualificado nos presídios. “Essa triagem não só possibilita identificar problemas de saúde, mas também fortalecer a assistência dentro do sistema prisional”.
A Sesau conta com sete equipes de atenção em saúde e quatro de atenção psicossocial, que atuam em sete unidades penais de Campo Grande. Essa edição do “Saúde Prisional em Foco” é a primeira de uma série de ações que serão realizadas em todos os presídios da Capital, beneficiando cerca de seis mil pessoas privadas de liberdade.
A humanização da saúde prisional vai além dos diagnósticos e tratamentos. Trata-se de um passo essencial para resgatar a dignidade dessas mulheres, proporcionando condições mais justas para que estas pessoas possam reconstruir suas vidas. “Afinal, a saúde deve ser um direito garantido a todos, sem exceção”, finaliza a coordenadora da Sesau.
#ParaTodosVerem:
FotoCapa: Mulheres privadas de liberdade em fila indiana, de costas, em espera para receberem atendimento de saúde.