A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), realiza ação de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – neste sábado (10), segunda (12) e terça-feira (13). Os trabalhos serão concentrados na região do bairro Parati, que apresenta alta incidência da doença.

Além do chamado trabalho manejo e bloqueio, que consiste na identificação e eliminação de focos e potenciais criadouros do mosquito, os agentes estarão percorrendo as residências e comércios locais fazendo a orientação dos moradores sobre as medidas de prevenção e eliminação do Aedes aegypti.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça a importância da colaboração da população para evitar que haja um aumento no número de casos no município. “Pedimos que a população colabore cuidando do seu quintal e também receba bem os nossos agentes. Hoje, conforme levantamentos do serviço de vetores, 80% dos focos são encontrados dentro das residências. E isso nos alerta para a necessidade de cada um fazer a sua parte”, destaca.

Desde novembro do ano passado, as equipes da secretaria vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue, previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.

A Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.

Casos

Do dia 01 de janeiro a 06 de fevereiro deste ano, foram notificados 816 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas 01 chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.

O mais recente Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/

Em Mato Grosso do Sul, quatro cidades aparecem com alta incidência dos casos prováveis da doença, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Campo Grande é a cidade que apresenta o menor índice entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No país, municípios como Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, já enfrentam números alarmantes da doença.