Prefeitura apresenta projeto do Parque Tecnológico para possíveis parceiros
O fortalecimento do projeto que institui o Parque Tecnológico e de Inovação de Campo Grande passa, necessariamente, pelo desenvolvimento de uma rede de tecnologia e, por isso, a Prefeitura Municipal está buscando a parceria de universidades, instituições de pesquisa, empresas e sociedade. A proposta inovadora foi apresentada nessa quinta-feira (29) para o Conselho de Reitores de Instituições de Ensino Superior de Mato Grosso do Sul (CRIE-MS).
O Conselho une em uma só organização todas as universidades sediadas em Mato Grosso do Sul, independentemente se públicas ou privadas, e é composto pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); Universidade Uniderp-Anhanguera e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, juntamente com a equipe da Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos, deu visibilidade ao projeto e ao fortalecimento do ecossistema de inovação, de forma a torná-lo mais efetivo e gerador de oportunidades para toda a sociedade onde as instituições de ensino atuam em Mato Grosso do Sul.
“Talvez seja o projeto estratégico mais importante que nós vamos tocar nos próximos dois anos. A ideia é que no início de 2024 a gente já tenha o Parque funcionando efetivamente com as primeiras startups, já com a questão do setor privado inserido no processo para que a gente gere também a inovação sob a ótica principal que é empreendedorismo e desenvolvimento econômico”, afirmou a Prefeita.
A subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, explicou que o Município já tem uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul para instituir a estrutura de governança do Parque, a aquisição de equipamentos para a instalação inicial do projeto.
“Temos um plano de trabalho que já foi elaborado e precisamos do envolvimento das universidades neste processo para que tenhamos um projeto integrando todas as expertises e capacidades de ciência e tecnologia. Temos quase 1 milhão de habitantes, o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Estado, somos a sétima melhor capital para se viver, a mais arborizada, ficamos em primeiro lugar entre as capitais no ranking de serviços de Cidade Inteligente, somos a capital mais segura do país e estamos, de alguma forma, caminhando para um processo de transformação digital e de boas práticas de soluções de Cidade Inteligente, e, se alinharmos isso ao empreendedorismo, teremos um desenvolvimento econômico mais forte e integrado, colocando Campo Grande como a capital das Oportunidades”, pontuou.
A Prefeitura também já realizou reuniões com o Sistema S e, em visita à Escola Senac Hub Academy, enalteceu a estrutura oferecida aos alunos para as capacitações.
“Nós nos vemos muito parceiros do Parque Tecnológico nessa questão de trabalhar com uma formação de base na área de desenvolvimento de sistemas, tecnologia da informação como um todo. E que essas pessoas possam atuar no Parque tanto auxiliando projetos, desenvolvendo soluções, como elas próprias podem sugerir e ter ideias para novas soluções e demandas que elas encontrem no mundo e na sociedade. E que os alunos, sejam eles da tecnologia, da saúde, da estética, do comércio, do varejo, que em algum momento tenham para si novas ideias, que o Senac possa viabilizar a maturidade dessas ideias, o desenvolvimento delas, até que elas cheguem num ponto que elas possam se direcionar às incubadoras, às aceleradoras, ao Parque Tecnológico e assim por diante. A gente vê o nosso espaço, a nossa razão de ser, como complementar a todo esse ecossistema de inovação no qual o Parque também está inserido”, completa a gerente da Escola Senac Hub Academy, Gilka Cristina Trevisan.
“A proposta é trazer para o grupo de governança do Parque todas as iniciativas para somar nesse processo de inovação e desenvolvimento tecnológico”, acrescentou a subsecretária da Sugepe, Catiana Sabadin.
Parque Tecnológico
O projeto do Parque Tecnológico prevê investimentos no valor de R$ 95,5 milhões e abrange a Requalificação do Complexo Ferroviário, um Museu Imaginativo, a restauração do Complexo da Rotunda, e as Incubadoras Municipais.
A Prefeitura de Campo Grande assegurou junto à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) os recursos necessários. Serão R$ 7,3 milhões para investimentos em treinamentos, consultorias e equipamentos para estruturação inicial do Parque. Já está em andamento o processo de licitação para reforma de duas incubadoras (Mário Covas e Santa Emília), um investimento de R$ 1,6 milhão. As incubadoras serão adaptadas também para funcionar como Hubs de Inovação que serão integrados ao Parque Tecnológico.