Poliomelite: vacina injetável ou de gotinha? Entenda a diferença
A vacina em gotinhas da poliomelite virou símbolo da imunização em crianças de todo o país, mas a ideia é substituí-la gradualmente pela versão injetável, segundo o Ministério da Saúde.
Nas unidades de saúde de Campo Grande é possível encontrar as duas versões do imunizante. A vacina injetável é aplicada em 3 doses em bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade e recomendada para uma dose de reforço, aos 15 meses de vida. Para todas as outras idades, entre um e 4 anos, vale a vacina em gotas.
VOP x VIP
A vacina injetável ou intramuscular é conhecida pela sigla VIP e é a versão inativada do vírus da pólio, o vírus “morto”, enquanto a vacina em gotinhas é representada pelas VOP ou vacina oral poliomielite, e contém o vírus atenuado, ou seja, ainda “vivo”, porém enfraquecido.
Países de todo o mundo vem substituindo a vacina oral pela intramuscular que é considerada bem mais eficaz, ainda mais no Brasil que não tem atingido a cobertura vacinal esperada (95%). O país também recebeu em 2023 o alerta de classificação de alto risco de reintrodução do vírus. A superintende de vigilância em saúde, da Sesau, Veruska Lahdo, alerta “aqui no Brasil, a gente tem livre acesso, e as pessoas vêm até o Brasil e vão para outros países e correm o risco de trazer novamente essa doença”.
Índices de Vacinação
Campo Grande espera vacinar 62.682 crianças de um a 4 anos de idade com as gotinhas, já os bebês menores de um ano devem ser imunizados com a vacina injetável. Em 2023, o Brasil não realizou uma campanha nacional de vacinação contra a pólio como faz agora em 2024 (de 27 de maio a 14 de junho), e ao longo do ano vacinou 85,72%.
“As vacinas estão disponíveis nas 74 unidades de saúde de Campo Grande. A gente lembra que tem 47 unidades com horário estendido, também, para facilitar o acesso dos pais”, conclui Veruska.
#pratodosverem A imagem de capa é de uma criança sendo imunizada.