Escola Fauze pode receber o certificado de Escolas Transformadoras

Pelo menos 15 escolas de outros estados brasileiros possuem o título de Escolas Transformadoras. Conforme o coordenador do projeto e representante da ONG Ashoka Brasil, Antonio Lovato, a intenção é ampliar a participação de instituições públicas e particulares. A proposta é encabeçada pela Ong Ashoka Brasil e Instituto Alana, ambos sediados em São Paulo (SP) e procuram desenvolver novas competências transformadoras como empatia, a criatividade, o trabalho em equipe e o protagonismo social. “São aptidões que dão ao indivíduo as ferramentas necessárias para tornar-se transformador, capaz de empreender e liderar ações que criem um futuro melhor para todos nós. A escola tem de ter uma perspectiva inovadora, apresentar valores em comum”, argumenta Lovato.
De acordo com Raquel Franzim, o fato de a escola Fauze Gattass Filho ter participado diretamente na construção da cooperativa Cooper Nova foi fator determinante para que a escola fosse procurada. “Fizemos um reconhecimento de dois meses. Chamou-nos atenção o fato de a escola apoiar a cooperativa de catadores de materiais recicláveis. A escolas teve um olhar para um segmento da sociedade que é tão discriminado e se colocou como parceira. É muito importante”, reconhece Raquel.
Segundo a diretora da escola, Tânia Vital, muitos alunos da unidade são oriundos de famílias de catadores. “Mudou o conceito dentro da escola sobre o catador de lixo. As crianças circulam na escola com os catadores naturalmente e passaram a ter esse olhar diferenciado, sem discriminação”, ressaltou Tânia.
A Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho conquistou o 1º lugar do Prêmio Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) inovação 2010, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) com o projeto “Amigos da Cidadania, da Cultura e do Meio Ambiente”, na categoria Regional Centro-Oeste do 3º Concurso Aprender e Ensinar- Tecnologias Sociais. O resultado da certificação do “Escolas Transformadoras” deverá sair em 20 dias.