O Comitê Municipal de Enfrentamento ao Aedes aegypti, também conhecido como “Comitê da Dengue”, que abrange representantes de diversos setores e da sociedade civil de Campo Grande, se reuniu na tarde de terça-feira (11) para tratar sobre ações a serem tomadas para combater a proliferação do mosquito e, assim, evitar novas notificações de dengue e outras arboviroses. 

O grupo, que realiza reuniões ordinárias durante todo o ano, teve seu primeiro encontro de 2025 nesta tarde, onde foi apresentado o cenário epidemiológico da Capital e discutidas as principais medidas para reduzir a possibilidade de novos casos. 

Conforme a Secretária Municipal, Rosana Leite, o município vive um cenário ainda considerado confortável, mas é necessário que a população se mantenha atenta a qualquer possível foco do Aedes. “Não podemos baixar a guarda, os focos da dengue estão dentro das nossas casas, nos vasos de planta, nos materiais inservíveis que deixamos na chuva”, comenta. 

Ela ainda lembra que Campo Grande tem apresentado resultados satisfatórios perante outras localidades. “No ano passado, enquanto a dengue assolou praticamente todo o país, nós nos mantivemos confortáveis devido às estratégias adotadas”, conclui. 

Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, em 11 de março, a Capital possui 1030 casos de dengue notificados, não tendo sido registrado, até o momento, nenhum óbito ou caso grave da infecção. 

O médico infectologista Rivaldo Venâncio, secretário-adjunto da secretaria de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde reforça a importância do evento, principalmente no combate ao sorotipo três da dengue, que não circulava há aproximadamente 18 anos na Capital. 

“Há uma parcela da população, principalmente quem nasceu nesse período, que nunca teve contato com esse sorotipo, então não tem anticorpos para o Dengue 3. Além disso, quando esse sorotipo circulou, foi de forma mais branda do que temos observado atualmente”, explica. 




Vacina: Ferramenta auxiliar 

Disponível para toda a população com faixa etária entre 10 e 14 anos de idade, a vacinação contra a dengue é uma ferramenta auxiliar de extrema importância, conforme a secretária de saúde. “Nós lamentamos que temos uma baixa procura, tínhamos um estoque maior, mas doamos para outros estados, porque a população daqui não buscou pela vacina”, conclui o infectologista. 

A dose é aplicada em qualquer uma das 74 unidades de saúde da rede municipal, sendo necessário apenas a apresentação de um documento pessoal do adolescente e a presença do pai, ou responsável legal por este. A Secretaria de Saúde estima que apenas 20% do público alvo completou o esquema vacinal, que é composto por duas doses do imunobiológico. 





#PraTodosVerem
: Na matéria há duas imagens: a primeira, utilizada como capa, mostra participantes da reunião; a segunda mostra o médico infectologista Rivaldo Venâncio, falando aos presentes.