Com mais um dia do ciclo de capacitações, a Funsat (Fundação Social do Trabalho), chegou, nesta sexta-feira (28), a marca de 1.500 beneficiários do Primt (Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho) envolvidos na atividade. As palestras desta etapa ocorreram nos períodos matutino e vespertino no auditório do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande).
Por semestre, cada um dos inscritos no programa é convocado a se certificar de 40 horas de capacitação, promovidas pela Escola Funsat.
A acadêmica de Educação Física, Aline Gomes, de 32 anos, moradora do Coophavila, comentou sobre a importância desse ciclo para a sua vida. “Pra mim, é uma chance de recomeçar e, de alguma forma, estar no caminho de um sonho, que é exercer a profissão para qual estudo hoje. No Primt colaboro em rotinas administrativas, algo que eu já tinha algum conhecimento. Mas com as capacitações tem aberto mais horizontes”.
Ainda ambicionando um futuro no curso superior, Ana Karolina Ferreira Coutinho, de 19 anos, aprova a iniciativa de incentivar os beneficiários a estudar, durante o período que estiverem no Primt. “Tem sido especial. Ainda farei a faculdade, pra isso precisarei terminar o Ensino Médio. O programa me ajudou a sonhar de novo, além de me ajudar com a renda”, diz a moradora do bairro Oscar Salazar.
Antes de passar na seleção da Funsat para ser uma beneficiária, Lucimara Aparecida Albuquerque de Souza, de 60 anos, ficou mais de 15 meses sem um emprego de carteira assinada. Momento difícil para ela e sua família, com o qual também precisou dar uma pausa em um grande objetivo.
“Eu fiquei muito tempo sem trabalho até ser chamada no Primt. Muito nova parei os meus estudos, por causa do casamento. Depois de mais de trinta anos, consegui voltar e até iniciei a faculdade. Perdendo a bolsa, precisei deixar o curso. Então eu gosto de estar na sala de aula, aprendendo sempre. Vejo como uma felicidade estar no programa, pois, além de atender a Prefeitura, também posso ver essas palestras e aulas”, falou a moradora da Vila Sobrinho.
Para José Roberto Araújo Goulart, de 24 anos, sair todos os dias da sua casa no Los Angeles ganhou um novo sentido com o Primt. Muito por conta também da chance de estar em aprendizado, com assuntos que nunca teve a oportunidade de acesso.
“Duas semanas que eu entrei e estou empolgado. Fiquei sabendo da exigências e não achei ruim. O conhecimento que a gente ganhar nos cursos e palestras é algo que ninguém tira. Ter novamente a renda, resgata alegria da minha família. Já fui servente e um dia quero trabalhar em uma escola, se não for professor alguém da administração”, conta.
Satisfação que também é de Gabriel Henrique Nunes de Oliveira (21 anos), do Jardim Zé Pereira. “Já fiz dois cursos na Escola Funsat e participei também das palestras do ano passado desse ciclo. Meu sonho é trabalhar futuramente com sistema de computador e pra mim o Primt é a chance de começar esse caminho. Seja ganhando uma renda e também aprendendo situações pra vida e sobre o mercado de trabalho”, relatou.
Gerido pela Funsat, o Primt atende com 2.500 vagas, trabalhadores que enfrentam dificuldades para serem absorvidos no Mercado de Trabalho. O programa passou recentemente por uma modernização, com avanços nas cotas, entre elas a reserva para mulheres de violência doméstica e a do público PCD (Pessoa com Deficiência) – sendo 10% cada uma. Cada beneficiário recebe um salário mínimo, auxílio de alimentação nos dias de atividade e o vale-transporte.