A Prefeitura de Campo Grande começou a discutir o Plano Plurianual (PPA 2018-2021) e  Orçamento Comunitário 2018. A primeira reunião sobre estes temas foi realizada na noite desta quarta-feira (29), sob a coordenação da Secretaria de Finanças e Planejamento (SEFIN), da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) e com a presença de representantes dos Conselhos Regionais Urbanos da Capital.

O PPA e o orçamento são requisitos essenciais previstos na Constituição Federal. Todos os municípios, estados e a União precisam ter o plano plurianual, que é uma previsão financeira e elaborado para  quatro anos de gestão, sendo o planejamento estratégico do município.

“Para que a prefeitura possa elaborar seu PPA e a Lei de Orçamento, ela precisa ouvir a comunidade, o cidadão. É preciso ouvir as pessoas e  saber quais são as necessidades e de que maneira o município pode inserir isso nesse planejamento de médio e curto prazo”, pontuou a diretora-presidente da Planurb, Berenice Maria Jacob Domingues.

Cláudio Ferreira de Barros, representante da região urbana do Lagoa, diz que as expectativas para o início das reuniões são as melhores. “Estamos dando um voto de crédito para a nova administração, que vem com uma nova roupagem e um diferencial. Hoje, vamos iniciar as discussões e através da apresentação do próprio secretário de finanças, vamos saber o que tem hoje no caixa da prefeitura. Esperamos um início muito bom e estamos contando com a ajuda de todos da prefeitura, para trabalharmos para uma Campo Grande cada vez melhor”, declarou.

Já o presidente do Conselho Regional Urbano do Prosa, Elias Santana, afirma que a prioridade para sua região são as obras. “Nós temos inúmeros problemas, como educação, saúde e segurança, mas não podemos pedir para o prefeito, que está começando agora, que resolva tudo imediatamente, e sim, comece a dar atenção àquilo que já estava acontecendo, no caso as obras, e dê continuidade”, explicou.

No início da reunião, a diretora-presidente do Planurb explanou sobre a lei de orçamento e mostrou aos participantes a importância da discussão para que se possa desenvolver um plano mais próximo possível das necessidades dos cidadãos.

Em seguida, o secretário de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, explicou a situação financeira atual da prefeitura. “Nós encontramos uma situação de déficit de R$ 363 milhões em contas a pagar, além da dívida própria do município, que é a divida consolidada com os bancos; dívidas com fornecedores, com  pessoal, 13º salário, hospitais, etc. Desses R$363 milhões, já pagamos R$183 milhões. Então, nosso orçamento já está furado em R$183 milhões, e isso deveria ter sido liquidado pelo gestor anterior”, expôs.

Explicada a situação financeira do município e de como as próximas reuniões acontecerão, foi dada a palavra aos participantes para que tirassem dúvidas e fizessem questionamentos referentes à reunião. A ideia é que, com transparência, seja mostrada a realidade da cidade, pois, como o secretário Pedro Neto enfatizou, “o dinheiro não é da prefeitura, mas de todos os cidadãos”.

O evento também contou com a presença do vereador Betinho e do subprefeito do distrito de Rochedinho, Silvio Santos.