Corredores de ônibus, reordenamentos em avenidas e rotatórias nas principais regiões de Campo Grande, somados a ciclovias, recapeamento e estudos de modernização, colaboram para a evolução da mobilidade urbana da Capital. Além disso, as reformas dos terminais de transbordo do transporte público proporcionarão mais qualidade de vida e conforto aos usuários.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande iniciou, no mês de maio, as reformas nos terminais Guaicurus, General Osório, Nova Bahia, Julio de Castilho e Bandeirantes. O objetivo é proporcionar mais conforto e segurança aos usuários do Sistema Municipal de Transporte Coletivo de Campo Grande. A previsão inicial para conclusão das obras é de 180 dias.

Os terminais receberão revitalização completa que vai desde reforma de toda rede hidráulica, elétrica, assim como a implantação do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, requalificação da cobertura (substituição de telhas, calhas, etc), recuperação da estrutura dos banheiros e acessibilidade total.

Essas instalações fazem parte de infraestruturas que garantem qualidade ao cidadão que usa o transporte público. Essas melhorias necessárias para a circulação dos passageiros e trabalhadores do transporte coletivo fazem parte do planejamento estratégico para modernização da mobilidade urbana da Capital.

Corredores do transporte

Entre as iniciativas para melhorar a mobilidade urbana, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) implantou corredores do transporte coletivo e se prepara para futuras novas implantações. O modelo visa trazer confiabilidade e pontualidade para os cerca de 180 mil usuários do transporte público.

O modal é eficiente e instalado para não haver conflito entre pedestres, motoristas e demais usuários da pista. Por isso, os pontos de embarque e desembarque foram construídos sobre ilhas, que são canteiros centrais com uma estação sobre eles.

Os corredores têm um espaçamento maior entre os pontos de embarque, com até 800 metros de distância entre um e outro. Os usuários aguardam os coletivos de forma segura. Com os corredores, houve um ganho de tempo no transporte público, já que os ônibus têm preferência na faixa e circulam no ritmo estipulado, diminuindo atrasos no percurso. Além disso, houve também um ganho para os comércios, que ficaram com as frentes livres.

Para usar corretamente a pista, os motoristas devem ficar atentos, pois os corredores localizados na faixa da esquerda, exclusivos para ônibus, só devem ser utilizados para fazer a conversão à esquerda na quadra onde irão virar. O condutor deve seguir com cautela, tendo visibilidade, passando de uma faixa para outra até a esquerda. O motorista não deve sair de uma faixa de forma brusca e entrar na frente do ônibus para virar. Devem ser seguidas as regras de condução e conversão.

Em Campo Grande, há corredores exclusivos para ônibus do transporte público nas ruas Rui Barbosa, Brilhante e Guia Lopes. A faixa exclusiva é destinada somente ao transporte coletivo, ou seja, apenas ônibus desse modal podem circular por ela. Os veículos de transporte individual não podem circular na faixa, podendo usá-la apenas para fazer conversões à esquerda ou para acessar garagens de imóveis ou estacionamentos de comércios. Não é permitido circular na faixa ao longo do corredor.

Reordenamentos

O reordenamento do trânsito e novas obras em rotatórias antigas da Capital, somados à semaforização, trazem resultados positivos para condutores e pedestres em todos os aspectos. Quando é feito o reordenamento em cruzamentos tradicionais ou em rotatórias, a semaforização garante que não haja disputa no trânsito e todos têm o tempo semafórico garantido para atravessar e fazer as conversões necessárias. Por isso, essas instalações são benéficas para a cidade.

A Agetran realizou o reordenamento na Avenida Três Barras com semaforização, alargamento da pista e sinalização. No local, onde o fluxo de veículos é intenso, os resultados foram excelentes, com a diminuição de acidentes, menor tempo de percurso e segurança para os pedestres ao atravessarem a via.

Conforme a diretora-adjunta da Agetran, Andrea Figueiredo, existem projetos de novos reordenamentos sendo desenvolvidos para aplicação na Capital. Pontos como a rotatória da Avenida Euler de Azevedo, esquina com a Avenida Tamandaré, estão em fase final de complementação de estudos e captação de recursos, visando à melhor fluidez do trânsito.

“Com os resultados positivos de reordenamentos já implantados, a Agência realiza estudos finais para instalação em outros pontos da cidade. A modernização e novas estratégias para melhorias da mobilidade urbana são fundamentais para garantir a fluidez no trânsito da cidade que conta com cerca de 650 mil veículos rodando”, disse Andrea.

Também há estudos para requalificação da rotatória da Rua Jeribá com a Avenida Ricardo Brandão, e da Rua Jeribá com a Rua Raul Pires Barbosa, já que, em períodos de pico, há registros de alto fluxo de veículos.

Ciclovias e estudos de modernização

A malha cicloviária de Campo Grande é composta por ciclovias, ciclofaixas e calçadas compartilhadas, totalizando 110 km de extensão. As últimas ciclovias foram entregues na Avenida Cafezais, que liga bairros como Centro-Oeste, Paulo Coelho Machado e Canguru à região das Moreninhas. O objetivo é continuar a malha das Moreninhas, interligando a Avenida Guaicurus ao Bairro Rita Vieira.

Conforme a Agetran, estudos estão sendo realizados para a implantação de mais ciclovias em canteiros centrais nos bairros e pistas que interligam as sete regiões da cidade. A Agência já concluiu estudos para a interligação cicloviária na Avenida Nossa Senhora do Bonfim e na Avenida Cônsul Assaf Trad, chegando à Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, ligando a região norte à região leste de Campo Grande. Esses estudos foram encaminhados para a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) para complementações e futura licitação.

Estudos de modernização são essenciais e fazem parte da rotina dos técnicos da Agetran. A Agência realizou a semaforização na Rua Ivan Fernandes, esquina com a Rua Luiz Alexandre, e na Rua Ivan Fernandes com a Rua Hélio Yoshiaki Ikeziri. Reordenamento dos canteiros, semáforos e acessibilidade também foram realizados.

No Centro, houve a proibição de conversão à esquerda na Rua Rui Barbosa com a Avenida Afonso Pena. A medida contribui para facilitar o fluxo e diminuir os acidentes naquele ponto.

A Agência também implantou acessibilidade na Rotatória da Avenida Mascarenhas de Moraes, próxima à Rua 14 de Julho, onde os pedestres tinham dificuldade de atravessar a pista. Além disso, também foi implantada acessibilidade em trecho da Avenida Gury Marques, antes do Terminal Guaicurus, para a travessia segura de pedestres do Bairro Jardim Monumento ao Bairro Universitário. Neste trecho de acesso, também será instalado um semáforo ativado somente para pedestres.

Atualmente, a Agetran realiza estudos de requalificação da infraestrutura e acessibilidade na Avenida Cônsul Assaf Trad e Nelly Martins.

Entre as análises e estudos para melhorar a mobilidade, estão as rotas alternativas em diversos bairros. Um exemplo é o Bairro Chácara Cachoeira, que possui vias largas e que atualmente são subutilizadas, sobrecarregando apenas algumas ruas da região.

Dessa forma, a Prefeitura busca novas soluções para garantir a mobilidade urbana com responsabilidade, planejamento e visão de futuro, já que Campo Grande é uma cidade em crescimento contínuo e em desenvolvimento.

“Investir na modernização da mobilidade urbana é fundamental para garantir uma cidade mais eficiente e confortável para todos. Com os corredores de ônibus, reordenamentos, ciclovias e a revitalização dos terminais de transporte público, estamos proporcionando um trânsito mais seguro, rápido e acessível, contribuindo para a qualidade de vida dos cidadãos de Campo Grande”, destaca a prefeita Adriane, chefe do Executivo Municipal de Campo Grande.