Com unidades abertas, itinerantes em shoppings e praça no Centro, Dia D é oportunidade para colocar a vacinação em dia
A aposentada Marluce Viegas, 62 anos, foi uma das dezenas de pessoas que aproveitaram a oportunidade para colocar a vacina em dia. “Eu estava passando aqui pela praça e fiquei sabendo que estava tendo a vacinação. Como eu sempre ando com a minha carteirinha, aproveitei e já tomei a vacina da Gripe e da Covid-19 que estava faltando”, disse.
O atendimento acontece das 7h às 17h nas UBSs Dona Neta, 26 de Agosto, Lar do Trabalhador e Universitário, nas USFs Moreninhas e Estrela Dalva. Nos shoppings Norte Sul e Bosque dos Ipês, a vacinação acontece de 10h às 18h e de 10h às 17h, respectivamente. Há ainda o trailer para vacinação instalado na Praça Ary Coelho, de 8h às 16h.
O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, lembra que durante a semana, mais de 70 locais espalhados pelas sete regiões urbanas e distritos de Campo Grande realizam a vacinação durante todo o dia.
“Além de manter a vacinação em todas as unidades durante a semana, nós temos realizado o trabalho de busca ativa nas escolas e ações itinerantes com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. É preciso que a população se conscientize sobre a importância de manter a caderneta vacinal em dia, sobretudo das nossas crianças”, comenta.
Baixa adesão
Presente durante na abertura do Dia D, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças do Ministério da Saúde, Eder Gatti, diz que a redução na cobertura vacinal é uma situação que afeta todos os municípios do país e é necessário mobilizar ainda mais a sociedade para evitar o aumento de casos de doenças que são preveníveis pela vacinação.
“Infelizmente a baixa adesão às vacinas ocorre em todo o país. Por isso, mais do que nunca é importante a gente levar essa mensagem à população e mobilizar a todos sobre a importância da vacinação”, diz.
Ele destaca que a vacinação é uma ação de elevado benefício em relação ao seu custo, pois tem contribuído para a conquista da erradicação da Poliomielite e no alcance da eliminação de doenças como a Rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), além de prevenir e controlar outras doenças imunopreveníveis como: Febre Amarela, Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite A, Hepatite B, HPV, Rotavírus, Meningites e Outras infecções por Haemophilus influenzae B, Sarampo, Rubéola, Caxumba e Varicela.
A redução do aparecimento destas doenças revela que mudanças importantes ocorreram no seu comportamento com o uso das vacinas e no alcance de elevadas coberturas vacinais ao longo dos anos. “Entretanto, a diminuição dos resultados dessas taxas de coberturas, verificada principalmente nos últimos seis anos, contribuiu para a reintrodução do vírus do Sarampo no País e pode levar ao reaparecimento de outras doenças imunopreveníveis e requer a adoção de estratégias adicionais para o resgate e vacinação das pessoas não vacinadas”, complementa.
A parcial da cobertura vacinal no município está bem abaixo do esperado, visto que faltam menos de quatro meses para a finalização do ano e apenas um dos imunizantes aplicados em crianças com menos de um ano ultrapassou os 70% de cobertura, ainda abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde.
As vacinas que apresentam a menor cobertura nesta parcial de 2023 são a febre amarela, com 51,35% do público imunizado, enquanto toda a população deve ser vacinada; a pentavalente, que protege contra difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e Influenza B e está com a cobertura de 52,29%, enquanto o preconizado é de 95%.
A Campanha de Multivacinação, que segue até o dia 23 de setembro, coincidirá com a realização da vacinação contra a covid-19, em andamento. As vacinas COVID-19 poderão ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.